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Aninha e suas pedras*

Não te deixes destruir… Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. *Cora Coralina

Gratidão!

No dia em que ultrapassamos o acesso 200.000, queremos agradecer sua companhia! Desejamos que nosso convívio diário permaneça e se desenvolva. Nossa busca é qualificar as publicações, textos, poesia, literatura, ensaios, para oferecer uma alternativa de estudos e pesquisa em Filosofia Clínica. Esse espaço artesanal foi pensado como um chão para construções compartilhadas. O novo paradigma da Filosofia Clínica, em processo de desenvolvimento do método iniciado por Lúcio Packter, precisava de uma referência às suas leituras e práticas.  Nossa busca sempre foi um compromisso com os excluídos, com a poesia existencial interditada em cada um. Hoje desenvolvemos projetos em várias áreas da atividade social, principalmente em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, como: Aulas, Workshops, Filosofia Clínica nas ruas de Porto Alegre, Convênios com instituições de acolhimento aos excluídos, Parceria com editoras que publicam nossos autores, Colóquios, Convênios e Atendimentos em hospitais, Cl

Traduzir-se*

Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem. Traduzir-se uma parte na outra parte – que é uma questão de vida ou morte – será arte? *Ferreira Gullar

Alta Tensão*

eu gosto dos venenos mais lentos dos cafés mais amargos das bebidas mais fortes e tenho apetites vorazes uns rapazes que vejo passar eu sonho os delírios mais soltos e os gestos mais loucos que há e sinto uns desejos vulgares navegar por uns mares de lá você pode me empurrar pro precipício não me importo com isso eu adoro voar. *Bruna Lombardi

As mesmas palavras*

                                                   "Em seu ser atual, as palavras, acumulando sonhos, fazem-se realidades."                                     Gaston Bachelard Uma só expressão pode conter a pluralidade indescritível de significados. Parece uma propriedade especial, essa aptidão de multiplicar-se, para acolher a diversidade existencial em cada um.  É improvável ser o dicionário de sinônimos e antônimos, o guardião de todas as possibilidades para acessar suas variáveis discursivas. O território mutante da singularidade aprecia resguardar-se na vontade subjetiva. Seu esboço, a reivindicar uma chave de leitura específica, propõe qualificar o reencontro com a fonte de onde partiu. Em todo lugar, a cada instante, existe um convite para desbravar inéditos. Mesmo o antigo dialeto, recuperado pelo novo olhar, pode ser refúgio de originais. Assim, as mesmas palavras podem ser outras palavras. O encontro da expressividade com a intenção do autor

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Entra-se em Kafka como quem entra em uma gruta ou em um labirinto, e não apenas em um livro. Uma vez que começamos a lê-lo, nunca saímos totalmente dele" "Além de grande escritor, Kafka foi um leitor apaixonado. Entrava em transe com livros, e ele mesmo em seus diários faz menção a essa paixão, que é quase maior e mesmo anterior à escrita" "As obras de Kafka tem interpretações múltiplas e contraditórias. Há tantas que qualquer uma delas é possível" "(...) produziu uma obra passível de múltiplas leituras, e isso é o genial. Não há uma interpretação aceita por todos, e não haverá nunca, porque esse é o princípio da sua literatura" "(...) nunca parou de reivindicar que o insuperável do homem está em nós, ainda que permaneça obstinadamente fora do nosso alcance" (...) " Borges sempre reconheceu que a grande biblioteca da família havia sido o espaço essencial de sua juventude e adolescência" "

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