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Arvores e sementes*



Há algumas pessoas que enraízam tanto no terreno das suas próprias convicções que de repente se dão conta que tornaram-se árvores. E pouco a pouco fixadas no mesmo lugar, vão se entediando até que um dia todas as ilusões se tornam insuportáveis, fazendo com que as vaidades e os orgulhos caiam por terra para tornarem-se adubos compostos de nutrientes extraordinários.

É justamente aí, nesse estado da arte que essas árvores já tão frondosas se frutificam inevitavelmente, atraindo para próximo de si mesmas as belezas dos pássaros que se alimentam dos seus frutos e gentilmente espalham distante as suas sementes.

Porquanto, somente depois de um tempo que essas árvores aprendem que elas se tornaram florestas inteiras, é que finalmente se desprendem, se libertam e passam a caminhar num infinito sempre presente num agora fascinante de descobertas plenas de amor e de uma especial capacidade para dividir e somar toda vez que se fizer necessário num contexto irreversível onde prisões ideológicas e convenções morais e excludentes se tornam passado de modo definitivo. Musa!

Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador. Escritor. Filósofo Clínico. Livre Pensador.
Uberlândia/MG

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