Palavras são apenas palavras para
quem não sabe ler, para quem não sabe ouvir, para quem não sabe sentir, por
exemplo, que há poesia em tudo e quando não inspira, ensina demais.
A poesia sempre pode nos
transformar e é você quem escolhe se será por dor ou por amor.
Mas, se palavras fossem apenas
palavras e nada mais, não haveria escrituras, nem contratos, nem constituições
inteiras e, pior ainda, não haveria nos contatos humanos nem entendimentos, nem
acordos, nem abraços, nem mesmo a poesia.
Porventura, as palavras são a
expressão das impressões, dos sentimentos, da consciência; são de forma pujante
a expressão da vida.
Afinal, a arte imita a vida e é
por isso que as palavras pulsam tanto aqui e agora sempre em forma de poemas
provocados por você. Musa!
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Intervenção literária já!!! Esse
é o meu apelo!!! Uma vez que o povo precisa urgentemente conhecer as suas
histórias locais, a história do Brasil, a literatura brasileira e a poesia pelo
menos...
Depois disso, o discernimento
seria irreversível e se tornaria epidêmico; e a farra dos três poderes
certamente sucumbiria porque não se sustentaria nesse novo cenário orientado
por justiça social e sustentabilidade.
Enfim, temos que ser radicais
sim, temos que nos entregar a prática da leitura e da escuta atenta para
conhecer pelos nossos próprios sentidos a história verdadeira do nosso país -
pelo menos do século XX - tão continental. Musa!
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As palavras sempre fluem de
sensações que nos acometem a todo instante. Às vezes me parece um fluxo
contínuo e irreparável. E é com esses substratos simbólicos, fonéticos e tão
distintos que compomos os nossos discursos; é com isso que produzimos
conhecimento e ainda, é com isso, que podemos tanto tocar todos aqueles capazes
de nos perceber.
Os fenômenos que o sentir nos
provoca ou nos convoca faz de nós instrumentos capazes de tocar e ser tocados
pelo menos até nos comover para nos converter em pontes hábeis a dirimir
distâncias ou, ainda, mesmo sem querer, nos tornar naus que assumem a vocação
de navegar cada vez mais nesse oceano todinho feito de infinitos e que se chama
amor.
Talvez por isso e muito mais,
seja cada vez mais evidente que as palavras têm poder porque elas causam ações
que afetam a sua realidade e isso, define ou redefine as direções. As palavras
podem até mesmo manchar de verde as suas próprias retinas outrora opacas.
As palavras ora em sobressaltos
ora como brisa de um verão inesquecível, segue abrindo caminhos e descaminhos
na direção do seu coração e de outro mundo possível.
E é assim, supostamente, que
vamos imprimindo a nossa história que sempre se converte em obras a quatro
mãos. Musa!
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*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador. Escritor.
Musicista. Filósofo Clínico.
Uberlândia/MG
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