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A poesia e seus rastros*



Se toda poesia
voltasse ao seu nascedouro
buscasse a tonteira, a vertigem
no fim retornando ao começo

arrancando a pele dourada
arranhando a chaga, mordendo
mostrando a cor além da cegueira
ouvindo o som na surdez voluntária;

se a poesia, toda poesia
de onde veio verdadeira retornasse
seria sem espera, sem guarda, sem nada –
a poesia indo pra casa.

Sobre o seu rastro, eu.
No fim, então – na fonte de toda poesia.

*Prof. Dr. Gustavo Bertoche
Filósofo. Filósofo Clínico. Escritor. Livre Pensador. Poeta.
Teresópolis/RJ

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