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Quem é o filósofo clínico?*



O próprio método da Filosofia Clínica não nos permite elencar um perfil específico de filósofo clínico. Por isso, precisamos trabalhar sempre com aproximações que quanto mais forem abertas ao elencar possíveis perfis sem, contudo, esgotá-los, melhor.

O filósofo clínico é alguém formado em filosofia que percebeu que poderia se especializar em uma vertente terapêutica de sua área para cuidar do próximo. A percepção pode ter vindo de uma motivação epistemológica, quando há um interesse pelo conhecimento das inquietações das pessoas e suas respectivas soluções possíveis. Pode vir também das buscas intelectivas e/ou somáticas do filósofo. Talvez perceba em si uma missão de ajudar o próximo e a realização disso na Filosofia Clínica.

Outro caminho possível é o da emoção, quando aspira o trabalho terapêutico pelo amor à profissão ou às pessoas. Não podemos deixar de lado aquele filósofo que vê o mundo como um local onde pessoas se ajudam mutuamente e sua parte é a clínica filosófica.

Há ainda quem se veja como alguém que nasceu para cuidar do próximo e encontrou na Filosofia Clínica um meio de realização dessa perspectiva pessoal. Também podemos pensar naqueles que intuíram esse caminho por razões não tão claras, mas com ressonâncias positivas na efetivação da prática clínica.

Aqui não se esgotam as possibilidades uma vez que as já elencadas podem se multiplicar por mescla, divisão, soma e exclusão indefinidamente. Pois as possibilidades são tantas quantas são as pessoas que optam pelo caminho da Filosofia Clínica.

*Prof. Dr. Miguel Angelo Caruzo
Filósofo. Filósofo Clínico. Escritor. Livre Pensador.
Teresópolis/RJ

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