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Descalça da vida*



Quantos frevos de distancia
soterram o sonho perdido?

Quanta palavra implodida
no baque fermentado da folia?
Já era dia e eu descalça da vida!
Justo como não queria...

Era noite e eu sonhava acordada
o pesadelo infame da alegria.

Quanto Brasil agora
no sangue nórdico do silêncio!

No tamborim um fado
no leito um lado vazio
e um blusão hibernal
que perdeu o cheiro
lembra que não ha batucada
para um coração em frangalhos!!!

*Juliana Brasil
Musicista. Poetisa. Taróloga. Especialista em Filosofia Clínica. 
Curitiba/PR

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