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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) é indispensável perdermos o hábito de só ouvir o que já compreendemos"

"(...) O delirante pensa e pensa mais do que qualquer um. Mas nisso ele fica sem o sentido dos outros. Ele é um outro sentido (...) O desprendido é delirante porque está a caminho de outro lugar"

"O estranho está em travessia. Sua errância não é porém de qualquer jeito, sem determinação, para lá e para cá. O estranho caminha em busca do lugar em que pode permanecer em travessia. 'O estranho' segue, sem quase dar-se conta, um apelo, o apelo de se encaminhar e pôr-se a caminho do que lhe é próprio"

"A poesia de um poeta está sempre impronunciada. Nenhum poema isolado e nem mesmo o conjunto de seus poemas diz tudo. Cada poema fala, no entanto, a partir da totalidade dessa única poesia, dizendo-a sempre a cada vez"

"(...) Queremos ao menos uma vez chegar no lugar em que já estamos"

"(...) Uma compreensão de mundo assim orientada pode surgir de diferentes fontes porque a força expressiva do espírito é ativa de muitas maneiras"

"Lembrando Wilhelm von Humboldt: ' Apreendida em sua verdadeira essência, a linguagem é algo consistente e, a cada instante, transitória. Mesmo a sua preservação na escrita é sempre uma preservação incompleta, mumificada, mas necessária quando se busca tornar perceptível a vida de seu pronunciamento (...)"

"(...) tanto o milagre como a quimera valem para o poeta como o que verdadeiramente lhe concerne, mas cujo ser, longe de querer guardá-lo para si, ele quer somente apresentar"

*Martin Heidegger in "A caminho da linguagem". Editora Vozes. Petrópolis/RJ. 2003.   

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