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Fragmentos Filosóficos, Delirantes, Criativos*


"Os livros eram, naquele lugar, moradias provisórias, a maneira de recriar um pouco a casa perdida"

"Com Michel de Certeau: 'Ler tem a ver com a liberdade de ir e vir, com a possibilidade de entrar à vontade em um outro mundo e dele sair'"

"(...) a literatura ajuda a dar forma aos lugares onde viver, a se lançar e abrir caminho" 

"Esse lugar remoto das leituras vem às vezes modificar a percepção dos lugares familiares, expande-os, como para Silvia, que passou a olhar de um jeito diferente para o espelho do banheiro depois de ter descoberto as aventuras de Alice no País das Maravilhas"

"(...) a biblioteca, em particular, seja um ambiente 'natural' para a oralidade: é o lugar de milhares de vozes escondidas nos livros que foram escritos a partir da voz interior de um autor. Quando lê, cada leitor faz reviver essa voz, que provém às vezes de mutos séculos atrás"

"Ao longo da vida, procuramos as bolas que nos são lançadas e que nos permitirão discernir melhor o que existe ao redor de nós, e mais ainda o que acontece dentro de nós e não conseguimos exprimir. Precisamos do outro para 'revelar' nossas próprias fotografias"

"(...) o gesto da partilha ou da troca, a relação, está na orgiem mesma da interioridade, que não é um poço onde se mergulha, mas que se constitui entre dois, a partir de um movimento em direção ao outro"

"Com Le Clézio: 'os grandes inovadores da humanidade foram nômades, que se alimentavam 'da relação e que, a cada vez, transgrediam as regras da territorialidade' (...) através do relacionamento entre culturas diferentes, alargamos nosso espaço interior"

*Michèle Petit in "A arte de ler". Editora34. SP. 2010. 

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