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Sobre a singularidade*



A noção de singularidade para a filosofia clínica não consiste em apenas ter noção de que quem procura a terapia é único. Isso está presente na compreensão de terapeutas sérios de todas as abordagens – se não está, deveria.

Mas, o filósofo clínico compreende a singularidade no sentido de não haver qualquer parâmetro normativo para mensurar o equilíbrio ou desequilíbrio do partilhante. Não há modelos ideais segundo o qual é possível dizer se o partilhante é normal ou anormal, são ou doente, feliz ou infeliz etc.

O bem estar que o filósofo clínico pretende viabilizar é de acordo com a subjetividade do partilhante. E aqui não cabe a acusação de relativismo porque o bom senso – já nos ensinava Descartes – é algo presente em nós e a vida social, por mais imperfeita que seja, requer algumas limitações das liberdades, sobretudo no que se refere ao respeito do bem-estar alheio. O que for bom para a pessoa sem o prejuízo de outrem, pode ser trabalhado na terapia.

*Prof. Dr. Miguel Angelo Caruzo
Filósofo. Escritor. Filósofo Clínico. Livre Pensador.
Teresópolis/RJ

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