O tempo é criação do
homem?
Ou compreensão da
translação da Terra em volta do Sol?
Nem mais sei se sou do
dia ou da noite.
Varo a madrugada
namorando estrelas.
Durante o dia, na
caverna, do meu consultório,
Vejo frestas do sol pela
cortina entreaberta.
É na noite que em minha
criatividade desenho poemas.
Com a Lua mergulho nas
águas do inconsciente,
Reencontro minha
ancestralidade andarilha,
Vou para além da história
Sapiens.
Nem sei se sou deste
mundo em louca lucidez.
Rio e choro dos
acontecimentos existenciais,
Que tentam colocar regras
e “tem que”.
Atraso, adianto e paro o
relógio.
Vivo entre livros e
filmes,
Gente e literatura,
Plantas e gatos,
No jardim real construído
Para eu dar forma ao real
Na metáfora do viver.
No tempo perdido, as
ilusões
Criam personagens
Angelicais e vampirescos.
O caleidoscópio se abre e
fecha
Metamorfoseando
instantes.
A matrix deste mundo
virtual,
Da inteligência
artificial,
Dissolve o tempo
inventado.
Tudo é e não é, pouco
importando,
Pois, nos dados jogados,
Deus se revela em Amor e,
me basta.
*Dra Rosângela Rossi
Psicoterapeuta.
Escritora. Artista Plástica. Filósofa Clínica.
Juiz de Fora/MG
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