Elevador do prédio do consultório uma moça fala pra outra, apontando pra mim: “Você se decida, se não vai ter que ir falar com este doutor aqui!” Quem lê isso pode achar que sei o que ela deve fazer. E – Acredite! – tem muito terapeuta que vai nessa que sabe o melhor a fazer, o caminho a seguir, sem ter a mínima ideia de quem é a pessoa. Tem algumas pressuposições genéricas de como uma moça dessa idade pensa, faz e sente, do que é importante pra ela na vida, e será a partir disso que vai aconselhá-la. Age como bom pastor ao conduzir rebanho: ovelhas para o pasto, fiéis para a salvação, essa moça para a melhor decisão. Já sabe de antemão pra onde ela deve ir, como decidir sua vida. Quase um lugar comum. Mesas dos bares além dos chopps estão abarrotadas de conselhos fáceis que raramente tocam a quem se dirigem. Cada um olha e fala a partir da sua vida, de como vê o mundo. Quase sempre não tem nada a ver com a pessoa. A mim, filósofo clínico, cabe suportar e susten-tar minha ignorânci
Um endereço artesanal para convivência aprendiz com o novo paradigma. Aqui você encontra: cursos, clínica, pesquisa, consultoria, publicações, formação continuada, projetos sociais. A Instituição oferece uma tradição de 42 anos atuando com pessoas. Nossa atividade - há quase 30 anos na Filosofia Clínica - se traduz em uma busca para desenvolver e compartilhar a utopia e o sonho da nova abordagem terapêutica.