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Fragmentos Filosóficos, Devaneios, e algo mais*


"A própria natureza é o médico interior que palpita em cada criatura desde o seu nascimento e que, por isso, sabe sobre enfermidade mais do que qualquer especialista, que tem de limitar-se ao exame dos sintomas externos" 

"O povo prefere, em vez do técnico, possuidor da ciência das moléstias, o homem que cura, o que tem poder sobre a doença. Não importa que há anos a bruxaria e o demonismo se tenham volatilizado e transformado em luz elétrica; a fé nestes homens maravilhosos e feiticeiros tem permanecido mais viva do que parece e do que não nos atrevemos a confessar publicamente"

"O povo continua preferindo ao frio instrumento, o homem vivo, de sangue ardente, de onde emana o poder. O herbanário, o pastor, o exorcista e o hipnotizador, precisamente por não exercerem suas práticas de cura como ciência, e sim como arte (...)" 

"(...) Mesmer, assim como Colombo, deu um novo continente à ciência, com infindáveis arquipélagos e terras virgens, que tardaria muito tempo para ser explorado: a psicoterapia (...) tem a sua sede na terra nova que descobriu aquele trágico solitário, que ignorava ter penetrado numa região da ciência muito mais vasta do que a medicina"

"(...) penetra e avança o novo método através de Strassburg e através das cartas de Lavater, da Suíça. (...) Afinal, uma ordem real determina, em Berlim, a nomeação de uma comissão encarregada de estudar de novo o mesmerismo"

" (...) Mary Baker, se antecipa realmente à doutrina da auto-sugestão de Coué, quando diz: 'Os enfermos se prejudicam a si mesmos quando dizem que estão enfermos'"

"(...) Porque o curador de almas no sentido freudista abandona as pesquisas anatômicas ao fisiólogo; seu esfôrço só tende a tornar visível o que é invisível. Como não procura nada de palpável ou tangível, não necessita de nenhum instrumento; a poltrona em que está instalado representa todo o aparelhamento médico de sua terapêutica (...)"

*Stefan Zweig in "A cura pelo espírito - Mesmer - Mary Baker Eddy - Freud". Ed. Delta. RJ. 1956.

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