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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"O instituinte, aquilo que periodicamente (re)nasce, nunca está em perfeita adequação com o instituído, com as instituições, sejam elas quais forem, que sempre são algo mortíferas"

"(...) admirável fórmula de Fernando Pessoa: ' Uns governam o mundo, outros são o mundo'. São, sem dúvida, aqueles que são o mundo que nos interessam"

"Para perceber a especificidade e a novidade de um fenômeno social, convém mais referir-se à vivência daqueles que são seus protagonistas de base, do que às teorias codificadas que indicam, a priori, o que esse fenômeno é ou deve ser"

"É necessário superar as diversas compartimentações acadêmicas, e reconhecer que a filosofia, a sociologia, a psicologia, a história são parte integrante de uma percepção global de fenômenos que não podem ser analisados senão em suas interações complexas"

"De um modo mais amplo, para que se tenha uma justa visão daquilo que é o outro, talvez seja necessário identificar-se com ele, ainda que seja de modo provisório, e examinar seus atos a partir do interior, sem a prioris judicativos ou normativos"

"(...) aquilo que introduz a um pensamento acariciante, que pouco se importa com a ilusão da verdade, que não propõe um sentido definitivo das coisas e das pessoas, mas que se empenha sempre em manter-se a caminho"

"O próprio do acontecimento é que ele se dá de maneira inesperada, o que torna bem difícil sua percepção por uma lógica linear, a partir de um causalismo unívoco"

"Ao nomear, com excessiva precisão, aquilo que se apreende, mata-se aquilo que é nomeado. Os poetas nos tornaram atentos a tal processo"

*Michel Maffesoli in "Elogio da razão sensível". Ed. Vozes. Petrópolis/RJ. 2005. 

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