A Filosofia Clínica, em
uma nova abordagem terapêutica, é a filosofia acadêmica adaptada à prática
clínica, à terapia. Não trabalha com critérios médicos, com remédios ou com
tipologias na construção de uma proposta terapêutica cujo objeto é buscar o bem-estar
do ser humano.
O instrumental da
Filosofia Clínica divide-se em três partes: os Exames Categoriais, a Estrutura
de Pensamento e os Submodos. Nos Exames Categoriais, primeiro momento da
clínica, através da historicidade, o filósofo clínico situa existencialmente a
pessoa colhendo todas as informações de sua vida, desde as suas recordações
mais remotas, até as informações de suas vivências mais atuais.
O material colhido, na
história da pessoa atendida – que em Filosofia Clínica é chamada de partilhante,
justamente pela condição de ser alguém com quem o filósofo compartilha momentos
da existência -, é a base para o desenvolvimento do processo terapêutico.
A partir desses dados,
num segundo momento, são verificados os tópicos da Estrutura de Pensamento da
pessoa, as relações e os choques entre eles. Posteriormente, no processo
terapêutico, entram os Submodos, que são a forma como o conteúdo da estrutura
de pensamento é expresso.
Os Submodos são utilizados pelo filósofo clínico para
trabalhar as questões principais da pessoa. Nesse trabalho terapêutico o
filosofo clínico é, antes de tudo, um amigo disposto a ouvir e a dialogar,
comprometido eticamente com a busca do bem-estar subjetivo de quem o procura.
O funcionamento
interno de cada pessoa que se processa num centro identificado como Estrutura
de Pensamento é singular e único. Por isso, a Filosofia Clínica considera cada
pessoa um mundo único no seu ambiente existencial.
*Lúcio Packter
Comentários
Postar um comentário