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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"Essa é uma 'participação mágica', tal como C.G. Jung soube falar. Como essa recordação da criança sentada sobre uma pedra no jardim familiar: ' Sou o que está sentado sobre a pedra ou sou a pedra sobre a qual ela está sentada?'. Essa experiência, que não tem nada de patológica, vem a ser, como no caso das sociedades pré-modernas, moeda corrente na pós-modernidade"

"Instantes encantados dos carnavais, dos festivais, das festas de todas as ordens. Minutos encantados de encontros amigáveis ou amorosos, ainda que sejam sem amanhã (...)"

"(...) o excesso sobrevém como uma vibração que legitima e dá sentido à monotonia cotidiana. A transgressão e a anomia necessitam de limites, ainda que seja somente para serem ultrapassadas"

"Há aqui uma antinomia de valores que merece ser pensada: a morosidade do instituído, a alegria do instituinte (...)"

"(...) nenhum problema é definitivamente resolvido, mas que encontramos, pontual e empiricamente, respostas aproximadas, pequenas verdades provisórias, postas em prática no cotidiano, sem que se acorde um estatuto universal, oralmente válido em todo lugar , em todo tempo, e para cada um"

"Para retomar a oposição modernidade/pós-modernidade, podemos dizer que, na primeira, a história se desenrola, enquanto que na segunda o acontecimento advém. Ele se intromete. Ele força e violenta. Daí o aspecto brutal, inesperado, sempre surpreendente que não deixa de ter"

*Michel Maffesoli in "O instante eterno - o retorno do trágico nas sociedades pós-modernas". Ed. Zouk. SP. 2003.   

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