O que há com aqueles
companheiros que esperam calmos e silenciosos ali na plataforma, tão calmos e
silenciosos que colidem com a multidão em sua própria imobilidade”
Ralph Ellison (Homem invisível)
Não engane os vivos, a
prova de amor mais bela, a oculta vem para depois do medo, o invisível luta o
que pinta, quem escreve morrerá nunca. A música que toca, o texto na tela não é
como marca imposta no corpo.
Somos milhões pelo
mundo, nunca morremos, desaparecemos, cherie. Aos poucos, nos unimos no fundo,
profundezas da dor, então, estamos vivos novamente. Continuamos dançando,
pintando, o canto nunca silenciará.
Somos criaturas
invisíveis, somos vozes e corpos que renascem da dor. Somos a mistura da arte
com a vida que é ofuscada, da voz que é aterrorizada, vozes surgem de todos os
lados do mundo, a invisibilidade é a poética da resistência.
A liberdade está dentro
dos olhos tristes, da negritude, da brancura e de todas as cores nos dentes, da
pele que envelhece. Os músculos no rosto enrugado que não apaga o brilho da
vida.
*Prof. Dr. Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Escritor.
Livre Pensador.
Porto Alegre/RS
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