“Quando eu fico, como
hoje, mexendo nesses velhos cartões-postais, percebo que de repente tudo se
misturou, se confundiu.”
Danilo Kiš
A extensão dos meus
propósitos por linhas que escrevo a vida, meu nome. É por acrescentar que faço
o viver sem deixar de ler o todo do meu nome, escrevo meu tempo. É como se eu tivesse
saído do minimalismo da juventude, e nesse tempo ter aprendido a usar todo o
meu corpo em nome por extenso para filosofar sobre o umbigo.
O meu nome não esquece a
vida, alia o Nada ao Tudo, deixa para trás a dor e reinventa as cores. Compõe a
música imaginária em todas as letras para escrever no muro o nome do nome. Meu nome não teme o fim,
rompe a linha da vida, avança para além do pequeno lugar rumo ao desconhecido.
Meu nome é um viajante que precisa soletrar para compreender sua língua amolada
em nomes marcados no fio metal do tempo.
*Prof. Dr. Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor.
Escritor. Livre Pensador.
Porto Alegre/RS
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