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Fragmentos Filosóficos, Antropológicos, e algo mais*


"(...) a linguagem é conhecida, em sua expressão através do homem, como uma realidade material, e atirar uma palavra é um ato tão transformador quanto lançar uma flecha ou uma pedra"

"(...) partimos do princípio de que a realidade é desconhecida. Utilizando sem restrições os conhecimentos que se acham à nossa disposição; estabelecendo entre os mesmos relações inesperadas; prestando aos fatos uma acolhida isenta de preconceitos antigos ou modernos; numa palavra, comportando-nos em meio aos produtos do saber como um espírito estrangeiro, ignorante dos costumes consagrados, e que se esforça por compreender, estaríamos aptos a ver, a cada instante, o aparecimento simultâneo do fantástico e da realidade"

"A ciência é tudo aquilo que pode representar um objeto de prospecção para nosso espírito, tanto no exterior quanto no interior de nós mesmos, sem menosprezar o insólito nem excluir o que parece fugir às normas"

"(...) os seres vivos se transformam porque a tanto os obrigam o meio que os cerca e as condições de vida. A adaptação é a causa determinante"

"(...) a ciência para eles, não era apenas a verdade, mas sim a verdade e mais a esperança. A esperança de ser causa, de poder transformar e melhorar a natureza e o homem, através de uma transformação do meio que confere ao transformismo a possibilidade de exercer suas virtudes"

"Escreveu Paul-Emile Victor: 'No presente artigo, não hesitamos em seguir o caminho das hipóteses audaciosas. Insistimos no entanto, em declarar que se trata apenas disto. Os espíritos verdadeiramente científicos são os poetas e os imaginativos. Sem eles, a ciência não existiria. Os demais, são contabilistas e merceeiros: não fazem descobertas. Aliás, como seria aborrecida a vida sem a imaginação!'" 

"O fundamento de várias práticas mágicas é a crença de que as palavras são dotadas de uma realidade concreta e atuante, bastando tão somente pronunciá-las para que sua ação se exerça. É nisso que se baseiam várias orações ou fórmulas mágicas que trazem curas, chuva para os campos, colheitas abundantes..."

"Talvez venhamos a encontrar, algum dia, uma escrita disfarçada, depositada em objetos, em pedra no solo ou então - quem sabe ? - dentro de nós mesmos, nas sutis profundidades de nossas células..."

"(...) O livro impressionava por seu tom de profunda liberdade. Shklovski ignorava as limitações do especialista e os preconceitos doutrinais e políticos. Seus raciocínios estritamente científicos eram colocados sob a égide de poetas e visionários"

"A natureza, à qual aparentemente falta uma ideologia, não cuidou de se inscrever na liga racionalista. Tudo nos leva a crer que ela se aplica a escrever uma história muito complicada e bastante fantástica, endereçada às pessoas que são inteligentes, antes de serem sérias"

*Louis Pauwels e Jacques Bergier in "O Homem Eterno". Ed. Difel/SP. 1971.

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