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Fragmentos Filosóficos, Literários, e algo mais*


"(...) você não se deixa mais levar pela corrente borbulhante do rio das ficções. Você fica na margem, apenas olhando, como um frequentador assíduo do rio que, de repente, não sabe mais nadar (...) Acontece que você desaprendeu a sonhar e sente vergonha disso"

"(...) Era difícil explicar à Flora que os livros, ao contrário do que ela imaginava, guardavam em si todas as vozes e todas as vontades do mundo"

"Jósik começava a aprender, de maneira dura e cruel, que a inconstância é o único padrão da existência humana (...)"

"(...) tais livros não eram permitidos por serem inquietantes demais. Bons livros eram como bons sonhos (...)"

"(...) assim, o entupiu de ficção para que tivesse o necessário estofo nas quedas da vida"

"Aquele homem conhecia Shakespeare do começo ao fim, jantava com Tolstói e tomava chá com Henry James"

"(...) O amor é uma plantinha vagabunda, é como o inço que cresce em qualquer desvão entre duas pedras e vinga e prolifera rapidamente"

"Jósik era mesmo muito arguto, pensou o velho. Pudera!, tinha sido alimentado a Poe, Flaubert e Wilde (...) Mais uma vez, mergulhando em Oliver Twist, a literatura o salvou da tristeza"

"(...) Era uma vez um menino que comeu uma biblioteca inteira (...) Ele começou com Conrad e, então, passou para Shakespeare, que o alimentou por toda uma quinzena. Depois, dedicou-se a Kafka, Tolstói e Oscar Wilde (...) Esses três grandes gênios sustentaram as tripas do menino em questão por um longo, gélido e branco inverno polonês"

*Letícia Wierzchowski in "O Menino que Comeu uma Biblioteca". Ed. Bertrand Brasil. RJ. 2018.

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