Pular para o conteúdo principal

No deserto*



Vastidão na solitude.
Saudade ou nostalgia,
Nem sei mais o que sinto.
Caminho no sem fim.
O sol me queima e
Me dissolvo no não saber.
Filosofias não consolam.
Na noite,
Ventos gélidos me congelam
De medo do invisível.
Não tenho máscaras
Nem maquiagem do fingir.
Os números humanos
Falam das mortes.
Sinto-me humana
Na solidariedade.
Não me tirem o percepcionar.
Quero enfrentar o real.
Não sou Pollyanna,
Prefiro agora Anne Frank.
Estou no deserto
Onde fantoches dançam
E esperam o Oásis.
E tenho aprendido.
E como?
Aprendido que não há
Nada a controlar.
Que cada dia é um mistério.
Caminho... descalça.
Com a sede de um milagre.

*Dra Rosângela Rossi
Psicoterapeuta. Escritora. Poeta. Filósofa Clínica. Livre Pensadora.
Juiz de Fora/MG

Comentários

Visitas