"O círculo da poesia e da vida é vicioso, como o é o círculo da ficção e da metaficção. O poeta é homem em sua condição metafísica. O homem não é um peta, a menos que abandone sua atitude terra-a-terra. A vida está alhures, diz Kundera (...)"
"(...) O experimento, hoje, no campo da poesia implica, portanto, a consciência da instabilidade e do caráter histórico da linguagem com a qual se defronta o poeta, que não é mais um indivíduo livre subjetivo, mas antes um participante ativo de invenções"
"(..) A vanguarda é então um discurso que reescreve constantemente a experiência estética. Assim sendo, a vanguarda mantém uma relação ativa com a modernidade. Nessa dialética pode-se introduzir o pós-modernismo, mas como uma estrutura diferencial, e não como o fim da modernidade"
"O gesto vanguardista por excelência é a provocação verbal ou visual. Os criadores vanguardistas que se batizam de futuristas, surrealistas, dadaístas, ultraístas, criacionistas, minimalistas, maximalistas, proclamam sua diferença e operam a ruptura"
"Pensada como fábrica de transgressões, a literatura é uma construção, ao mesmo tempo histórica e imediatamente contemporânea"
"O texto camaleão transmite a indeterminação do sentido definitivo. Apontando para a multiplicidade e para a indeterminação, Cortázar estabelece um sistema de relações entre texto, metatexto e paratexto"
"(...) A performance pós-moderna desemboca antes no processo do que num objeto temporal acabado"
*Wladimir Krysinski in "Dialéticas da transgressão". Ed. Perspectiva. SP. 2007.
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