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Fragmentos Filosóficos, Devaneios, e algo mais*


"Escrever é um caso de devir, sempre inacabado, sempre em via de fazer-se, e que extravasa qualquer matéria vivível ou vivida"

"Não há linha reta, nem nas coisas nem na linguagem. A sintaxe é o conjunto dos desvios necessários criados a cada vez para revelar a vida nas coisas"

"(...) A saúde como literatura, como escrita, consiste em inventar um povo que falta"

"(...) É como se alguns caminhos virtuais se colassem ao caminho real, que assim recebe deles novos traçados, novas trajetórias. Um mapa de virtualidades, traçado pela arte, se superpõe ao mapa real cujos percursos ela transforma"

"(...) visões fragmentadas que passam pelas palavras de um poeta, pelas cores de um pintor ou os sons de um músico"

"(...) Só Dioniso, o artista criador, atinge a potência das metamorfoses que o faz devir, dando testemunho de uma vida que jorra; ele eleva a potência do falso a um grau que se efetua não mais na forma, porém na transformação (...) ou criação de possibilidades de vida: transmutação. A vontade de potência é como a energia; chama-se nobre aquela que é apta a transformar-se. São vis, ou baixos, aqueles que só sabem disfarçar-se, travestir-se, isto é, tomar uma forma e manter-se numa forma sempre a mesma" 

"Para Ariadne, passar de Teseu a Dioniso é uma questão de clínica, de saúde e de cura" 

"(...) a língua não dispõe de signos, mas adquire-os criando-os, quando uma língua age no interior de uma língua para nela produzir uma língua, língua insólita, quase estrangeira. A primeira injeta, a segunda gagueja, a terceira sobressalta (...)"

* Gilles Deleuze in "Crítica e Clínica". Editora 34/SP. 2004.   

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