Cuidar também é deixar em
paz e querer o melhor como consequência seja da nossa própria decisão de partir
ou de ficar onde quer que queiramos ser e estar. Mas talvez seja mesmo cada vez
mais urgente e libertador compreender que para deixar em paz é preciso estar
paz, uma vez que só podemos dar o que já temos primeiro por dentro, depois por
fora.
É por isso que para uns é
tão fácil se doar ou doar coisas necessárias enquanto para outros tantos e não
raro, dar ou partilhar soa como um delírio inviável e praticamente, uma ofensa
inaceitável.
Vivemos tempos altamente
favoráveis para o autoconhecimento e para galgarmos vitórias traduzidas em
desapegos de ilusões tão nocivas e desnecessárias de fato. São esses pontos
nefrálgicos e fundamentais na atualidade para que possamos finalmente exercer
em coletividade empatia, ecologia, solidariedade e, sobretudo, amor, ou melhor,
literalmente viver a nossa única forma de salvação.
Portanto, eu peço, por
favor, que fique em paz e me deixe em paz pelo menos nessa fase porque é assim
que melhor cuidados um do outro enquanto nos dedicamos de corpo e alma a muitos
seres vivos a nossa volta que precisam da nossa força e melhor ação agora.
Musa!
*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Poeta.
Escritor. Educador. Filósofo Clínico.
Uberlândia/MG
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