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Fragmentos Filosóficos, Devaneios, e algo mais


(...) O mundo só é miserável para aqueles que nele projetam sua própria miséria (...)"

"É preciso saber resistir ao que é superficialmente claro, imediatamente compreensível porque totalmente racional"

"Cada coisa sempre é, mais ou menos, outra coisa em relação àquilo que parece ser, ou aquilo que se quer que ela seja"

"O paradoxo é a marca essencial desses momentos cruciais, nos quais o que está em estado nascente tem muita dificuldade para se afirmar diante dos valores estabelecidos"

"(...) O andarilho (...) Ele violenta, por sua própria situação, a ordem estabelecida, e lembra o valor da ação de pôr-se a caminho. Assim, não basta analisá-lo, a partir de categoriais psicológicas, como um indivíduo agitado ou desequilibrado, mas certamente como a expressão de uma constante antropológica: a da pulsão do pioneiro, que está sempre à frente na procura do Eldorado (...)" 

"(...) o viajante apresenta um risco moral inegável, e isso por ser portador de novidades"

"Philippe Pons traça um sugestivo quadro de todos esses saltimbancos: monges, mendigos, músicos, sacerdotisas praticantes do xamanismo, dançarinas e artistas de todos os gêneros, que infringem as regras da aldeia, e com isso provocam uma importante mexida social"

"O olhar exterior, na verdade, tem uma visão mais penetrante, mais límpida também, pelo fato de saber ver aquilo que nossos olhares, por excessivamente habituados, vêem de modo deformado"

"Há uma 'alma desconhecida' no seio de cada indivíduo, mas também no seio do conjunto social. Quer dizer que o 'eu' tem uma infinidade de facetas, assim como a sociedade não é mais que uma sucessão de potencialidades. A errância, finalmente, é apenas um modus operandi que permite abordar esse pluralismo estrutural (...)"

"A aventura garante a mobilidade no próprio seio daquilo que está petrificado. Com seu aspecto de removedor, a aventura permite o olhar exterior. Ao princípio da realidade, no que tem de limitado, opõe o ilimitado dos possíveis"

"(...) o filósofo é como um viajante (...) O mundo inteiro é a casa em que ele pode viver sua vida" 

*Michel Maffesoli in "Sobre o Nomadismo - Vagabundagens Pós-Modernas". Ed. Record. RJ. 2001. 

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