O meu filho me perguntou qual é o objetivo da vida.
Levei uns minutos para
lhe responder; foi o Aristóteles quem me soprou a resposta.
Disse ao meu filho que o
objetivo da vida é descobrir o que melhor fazemos aqui no mundo, e fazer isso
cada vez melhor.
Fazendo o que fazemos
melhor, podemos ocupar o nosso lugar na ordem da existência - o que nos
harmoniza com o Cosmos e nos conduz pela estrada da eudaimonia.
* * *
O critério dos ganhos
financeiros não pode ser a medida do sucesso de ninguém.
Todos conhecemos pessoas
milionárias que levam uma vida miserável.
Somente consigo julgar o
sucesso de uma pessoa a partir do critério da auto-realização - isto é: a
pessoa bem-sucedida é aquela que encontra a realização da sua existência no
trabalho que se propõe a fazer, seja intelectual, artístico, técnico ou
prático. O dinheiro? É importante para a sobrevivência, nada mais.
* * *
É por isso que eu já
procuro descobrir as aptidões do João. Assim, posso incentivá-lo, de diferentes
maneiras, nos caminhos possíveis da sua auto-realização.
Afinal, não ligo a mínima
para o diploma que ele vai obter, se é que vai querer obter diploma.
O que importa é que ele
faça algo que lhe dê realização e sustento.
Seja como músico, como
médico ou como jardineiro.
* * *
Todos viemos do pó e ao pó retornaremos. A vida é o que fazemos entre a poeira e a poeira.
*Prof. Dr. Gustavo Bertoche
Filósofo. Escritor. Musicista. Filósofo Clínico.
Teresópolis/RJ
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