Pular para o conteúdo principal

Reflexões e Poéticas da Singularidade*


Quem nunca sentiu dor enquanto o seu corpo crescia e tudo mudava estava distraído demais para perceber que estamos sempre em transformação. Aprender dói porque nos faz crescer e essa transformação nos lança rumo àquilo que ainda desconhecemos. E isso pode ser assustador mesmo quando é necessário prosseguir...

A verdade é que não há outro caminho para quem deseja despertar consciência senão ousar rumo ao novo. Provavelmente possa ser esse o fenômeno que nos torne cada vez mais plenos, justos, livres e, por conseguinte, felizes. Parece mesmo que quanto mais nos autoconhecermos, mais conhecimento teremos agora. E curiosamente a recíproca é verdadeira, uma vez que um fenômeno provoca o outro e vice versa intensamente!

Suspeito que por isso a solitude agrade tanto aos inquietos por dentro que se permitem transbordar na arte que nesse caso, é uma poesia singular, desinteressada e que ousa sem dó escolher não se adequar a nada já posto a priori como convenção; mesmo respeitando e conhecendo bem as formas.

Afinal, a poesia na sua própria etimologia é uma desobediência necessária e tem quase tudo a ver com a coragem de ser e expressar um mundo próprio através de um panorama doado necessariamente apenas aos olhos daquelas e daqueles dispostos a ler e sentir muito do seu próprio jeito. Musa! 

*Prof. Dr. Pablo Eugenio Mendes
Filósofo. Educador. Escritor. Filósofo Clínico.
Uberlândia/MG

Comentários

Visitas