A inteligência de um
intelectual de esquerda não tem dono: nem partido, nem igreja, nem Estado podem
fazê-la se comportar.
O intelectual de
esquerda não confia totalmente nem mesmo nas razões da sua própria consciência,
porque sabe que não existe uma consciência pura - ela é, em grande medida,
condicionada pelas suas circunstâncias históricas, materiais e culturais.
Por isso, o intelectual
de esquerda coloca tudo em questão, desconfia de todas as idéias, escapa das
cercas que protegem o rebanho.
Assim, definir-se como
intelectual de esquerda e colocar a sua inteligência a serviço de um partido
político, de uma igreja ou de um Estado é contraditório: é o mesmo que afirmar
a sua liberdade - mas a liberdade de permanecer no cativeiro.
*Prof. Dr. Gustavo
Bertoche
Filósofo. Educador.
Escritor. Filósofo Clínico.
Teresópolis/RJ
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