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Quase Dezembro*



Poeta, poética, zuar à luz meu céu,
Através do canto entoo a cor da boca,
Que penetra o corpo, se volta para a alma,
Reluz no desejo pagão, no ensejo de voo sem asas.

Ótica da vida, luas luz meu sol,
A vida é cheia, logo ali um diz, que gordura,
Outro diz, que velhice, outra diz que pele,
que resseca com a dor de tanto dizeres.

Narrativa, falatório no vácuo da solidão,
Contrariado, ouve o silêncio dos que falam,
Todos ao mesmo tempo narram sem se ler,
São felizes e riam de suas narrativas vazias.

Tempo, memória do resgate, coração em alerta,
Nem toda história consegue ver o fundo dos olhos,
Não esquecer é lembrar, viver é permanecer atento,
O irrealizado é um detalhe do não retornar ao passado.

*Prof. Dr. Luis Antonio Paim Gomes
Filósofo. Editor. Livre Pensador.
Porto Alegre/RS

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