Poeta, poética, zuar à
luz meu céu,
Através do canto entoo
a cor da boca,
Que penetra o corpo, se
volta para a alma,
Reluz no desejo pagão,
no ensejo de voo sem asas.
Ótica da vida, luas luz
meu sol,
A vida é cheia, logo
ali um diz, que gordura,
Outro diz, que velhice,
outra diz que pele,
que resseca com a dor
de tanto dizeres.
Narrativa, falatório no
vácuo da solidão,
Contrariado, ouve o
silêncio dos que falam,
Todos ao mesmo tempo
narram sem se ler,
São felizes e riam de
suas narrativas vazias.
Tempo, memória do
resgate, coração em alerta,
Nem toda história
consegue ver o fundo dos olhos,
Não esquecer é lembrar,
viver é permanecer atento,
O irrealizado é um
detalhe do não retornar ao passado.
*Prof. Dr. Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Livre
Pensador.
Porto Alegre/RS
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