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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) a leitura e a vida são tão estreitamente vinculadas que pouco interessa diferenciar o que pertence ao leitor do que pertence ao escritor. A leitura, ao inspirar a vida interior, instaura um processo terapêutico discreto, cujo poder talvez não consigamos medir"

"O livro é fruto de um trabalho análogo ao do sonho"

"(...) e nossa sede de palavras, de elaboração simbólica, é tamanha que, com frequência, imaginamos assistir a esse retorno de um conhecimento sobre nós mesmos surgindo sabe-se lá de que estranhas fontes, redirecionando o texto lido a nosso bel-prazer, encontrando nele o que o autor nunca teria imaginado que havia colocado"

"Não é somente um reconhecimento de si que a literatura permite, mas uma mudança de ponto de vista, um encontro com a alteridade e talvez uma educação dos sentimentos"

"(...) reelaboração da história pessoal, um desenvolvimento das capacidades de expressão, mudanças de pontos de vista, o poder transformador do relato"

"Ler tem a ver com a liberdade de ir e vir, com a possibilidade de entrar à vontade em um outro mundo e dele sair"

"(...) a biblioteca, em particular, seja um ambiente 'natural' para a oralidade: é o lugar de milhares de vozes escondidas nos livros que foram escritos a partir da voz interior de um autor. Quando lê, cada leitor faz reviver essa voz, que provém às vezes de muitos séculos atrás"

"O que sabem os poetas, como Juan Gelman: 'Há em todos zonas adormecidas que a obra mais inimaginável pode despertar"

*Michèle Petit in "A arte de Ler". Editora. 34. RJ. 2017.   

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