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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) a maneira de ver as coisas muitas vezes tem um papel decisivo. Certas coisas parecem perigosas, impossíveis, ou nocivas simplesmente porque existem maneiras de vê-las por essa prisma"

"Mana é um poder medicinal ou curativo, que existe em toda parte, fertiliza o homem, o animal e a planta, e dá força mágica ao chefe da tribo e ao curandeiro. O conceito de Mana identifica-se com algo de 'extraordinariamente eficaz', como prova Lehmann, ou é pura e simplesmente aquilo que impressiona. Portanto, tudo o que impressiona é 'medicina' na escala primitiva"

"As contradições em qualquer ramo da ciência comprovam apenas que o objeto da ciência tem propriedades, que por ora só podem ser apreendidas através de antinomias"

"(...) a psicoterapia não ser um método simples e evidente, como se queria a princípio. Pouco a pouco foi-se verificando que se trata de um tipo de procedimento dialético, isto é, de um diálogo ou discussão entre duas pessoas"

"(...) Todo psicoterapeuta não só tem o seu método: ele próprio é esse método"

"O grande fator de cura, na psicoterapia é a personalidade do médico - esta não é dada 'a priori'; conquista-se com muito esforço, mas não é um esquema doutrinário. As teorias são inevitáveis, mas não passam de meios auxiliares (...) É necessário um grande número de pontos de vista teóricos para produzir, ainda que aproximadamente, uma imagem da multiplicidade da alma"

"Nós, os psicoterapeutas, deveríamos ser filósofos, ou médicos-filósofos - não consigo deixar de pensar assim. Aliás, já o somos, em que pese admiti-lo, porque é grande demais a diferença entre o que nós exercemos e aquilo que é ensinado como filosofia nas faculdades"

"A psicoterapia surgiu de métodos nascidos da prática e da improvisação. Tanto é que por muito tempo teve dificuldade em refletir sobre os seus próprios fundamentos conceptuais"

C.J. Jung in "A prática da psicoterapia". Ed. Vozes. Petrópolis/RJ. 1988. 

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