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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) não se trata mais de reencontrar, na leitura do mundo e do sujeito, simples oposições, mas transbordamentos, superposições, escapes, deslizamentos, deslocamentos, derrapagens"

"(...) sou apenas o contemporâneo imaginário de meu próprio presente (...) sou eu mesmo meu próprio símbolo, sou a história que me acontece"

"Quando eu me escuto tendo tocado - passado um primeiro momento de lucidez em que percebo um a um os erros que cometi - produz-se uma espécie de coincidência rara: o passado de minha execução coincide com o presente de minha escuta"

"(...) a arte de viver não tem história: ela não evolui: o prazer que cai, cai para sempre, insubstituível. Outros prazeres vêm, que não substituem nada. Não há progresso nos prazeres, apenas mutações"

"(...) Toda lei que oprime um discurso é insuficientemente fundamentada"

"O intertexto compreende não apenas textos delicadamente escolhidos, secretamente amados, livres, discretos, generosos, mas também textos comuns, triunfantes. Você mesmo pode ser o texto arrogante de um outro texto"

"(...) como o sujeito da escritura evolui (...) ele evolui segundo os autores de que trata, progressivamente. O objeto indutor não é entretanto o autor de que falo, mas antes aquilo que ele me leva a dizer dele; eu me influencio a mim mesmo com sua permissão: o que digfo dele me obriga a pensá-lo de mim (ou a não pensá-lo)"

*Roland Barthes in "Rolanda Barthes por Roland Barthes". Ed. Estação Liberdade. SP. 2014.   

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